IV.III - Provincial do Brasil – Norte
Durante o tempo em que foi Reitor, Diretor e Professor do Colégio São Pio X, Pe. Ângelo exerceu, durante quase cinco anos, de 1964 a 1969, o cargo de Provincial dos Combonianos do Brasil-Norte. Foi nomeado, sem ser consultado e, apesar dos afazeres e inúmeros encargos sob sua responsabilidade, não pôde recusar.
Provincial que era, procurou visitar as missões existentes, ouvir os confrades e discutir com eles as dificuldades que enfrentavam, dando-lhes o apoio e o conforto possíveis.
Alguns fatos que ocorreram durante esse período merecem comentários. Um deles foi a despedida de Dom Diogo Parodi. Após longos anos administrando com grande sabedoria e carisma a florescente missão de Balsas, Dom Parodi achou que estava na hora de partir e pediu transferência. Sua despedida foi comovedora e as benéficas obras realizadas na sua gestão testemunham sua importância na memória dos sertões. Pe. Ângelo lamentou profundamente a partida do amigo e do grande Bispo de Balsas. [...]
Pe. Ângelo já se preparava para retornar de Roma, quando foi comunicado pelo Superior Geral que deveria assumir uma Paróquia em Messina, na Itália. Essa decisão deixou os confrades e toda a comunidade de Balsas inquietos e insatisfeitos. Todos reconheciam que sua presença em Balsas era indispensável naquele momento. Em função disso, procuraram intervir junto ao Superior Geral a fim de revogar tal decisão. [...]
O Superior da Congregação reconsiderou o ato e reenviou Pe. Ângelo a Balsas, onde permaneceu por mais seis anos, continuando com o entusiasmo de sempre em sua missão. Ao mesmo tempo junto com o Bispo procuravam uma alternativa para o difícil problema de manutenção do Colégio São Pio X. A solução foi encontrada, através dos Irmãos Maristas que se dispuseram a assumir a Direção do Colégio, o que ocorreu em 1976.
Com pesar, mas conscientes de que estavam agindo segundo as novas orientações da Congregação nascidas das convicções do Concílio Ecumênico Vaticano II, os Combonianos entregaram à direção de terceiros o Colégio São Pio X, o Colégio Dom Daniel Comboni e o Hospital São José, passando a dedicar-se exclusivamente aos objetivos religiosos da missão.
Pe. Ângelo, depois de deixar o Colégio que sempre lhe foi tão caro, foi enviado de volta à sua velha Itália, desta feita à sua inesquecível Tróia. E, em fevereiro de 1976, despedia-se com emoção dos balsenses, deixando-os saudosos e comovidos.
Assim foi a vida do missionário, “servo inútil de Deus”. Suas emoções e saudades foram entregues ao Senhor, enquanto se fortalecia na alegria de servi-Lo.
Pe. Ângelo La Salandra, missionário comboniano, humilde e incansável operário de Deus, sempre estará presente na memória de Balsas, a terra que ele tanto amou e por quem tanto se doou.
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