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V.I - Comunidade do Escolasticado Internacional

Em 30 de novembro de 1983, por decisão do Provincial, Pe. Ângelo deixou a Casa Provincial, na Paróquia do Caxingui, para ir à Comunidade do Escolasticado Internacional de São Paulo, na Paróquia de Santa Madalena, na periferia de São Paulo.
Seu trabalho aí seria o de levar estímulo aos escolásticos, com sua rica experiência, devendo também auxiliar o Pároco nas pastorais.
Nessa nova missão permaneceu quatro meses e meio, deixando-a em abril de 1984.
Os trabalhos por ele desenvolvidos, neste curto espaço de tempo, demonstravam o carisma e a capacidade de que era dotado e a presença real da graça divina em sua vida, fazendo com que todo o seu esforço e dons se multiplicassem em obras para Deus.
Foi incumbido inicialmente pelo Pároco de acompanhar os movimentos mais tradicionais da Paróquia, como o Apostolado da Oração, Opus Dei, Vicentinos e ainda as confissões. [...]
Pe. Ângelo logo observou que na Paróquia havia grande número de católicos que vivia afastado da Igreja, não sendo atingidos pela Pastoral da Paróquia. Voltou-se, então, para esse rebanho com a ajuda de membros da Opus Dei e do Apostolado da Oração. [...]
Tudo começou com a oração do terço em algumas ruas da Paróquia a convite da Opus Dei. Esses encontros se transformaram em momentos de profunda oração. A partir deles, surgiram propostas concretas de trabalho, de ajuda material e espiritual aos mais necessitados. Formaram-se núcleos de catequese para as crianças, organizou-se também a Pastoral dos doentes junto aos idosos e enfermos.
Uma outra atividade interessante foi a da ajuda material aos mais carentes e desempregados. Aqueles que estavam em melhores condições de vida uniam-se em grupos de cinco pessoas. Cada grupo ajudava duas famílias. Este era um trabalho pastoral que, segundo o padre, estava dando  seus primeiros frutos promissores com a graça do Espírito Santo, que se obtinha por meio de Maria, através da reza do terço. Era a prática já conhecida como “Cinco por Dois”.
A ação pastoral mais difícil, porém, foi a desenvolvida, com ajuda da Opus Dei, numa favela considerada uma das mais pobres e problemáticas daquela periferia. Os bandidos refugiavam-se na favela e até a Capela havia sido ocupada por eles. Esses elementos roubavam os favelados, que já quase nada possuíam, provocando pânico, atos de vingança e até linchamentos. Ali o clima era tenso, pesado, aliado a uma situação de pobreza, fome  e miséria insuportáveis.
Pe. Ângelo enfrentou esse ambiente visitando, casa por casa, os favelados. Nessas ocasiões aproveitava para conhecer seus problemas, convidando-os a se reunirem, no sábado, no culto eucarístico, numa lojinha de venda de trapos.
Aos poucos foi conquistando a confiança de todos, participando de suas dificuldades e ajudando-os material e espiritualmente naquilo que podia.

 

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