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II - Sacerdote diocesano em Tróia

Os imprevisíveis acontecimentos levaram o jovem Ângelo a novos rumos, sem, contudo, esquecer as experiências primeiras.
Gozando já de saúde, mas sem permissão para voltar ao Seminário Comboniano, Ângelo resolveu freqüentar, como aluno externo, o Seminário Episcopal de Tróia, onde cursou inicialmente Filosofia e outras matérias.

Por recomendação médica, fazia longas caminhadas, percorrendo ruas nos arredores de Tróia. Foi aí que conheceu numerosas crianças pobres e jovens pastores, começando com eles um apostolado que duraria por toda a sua permanência em Tróia. Eram irmãos que precisavam ouvir e seguir a Palavra de Deus. Começava aí uma experiência apostólica que muito o auxiliaria nas futuras missões em Portugal e nas ruas perigosas da grande São Paulo, no Brasil.
Pouco depois, acolhido pelo Seminário Episcopal de Tróia, nele ingressou, a fim de concluir os cursos de Filosofia e Teologia. Durante essa fase, foi escolhido Prefeito dos Camaratas, procurando crescer no trabalho ao Senhor.
Findos os estudos, foi marcada sua ordenação sacerdotal para o dia 8 de dezembro de 1942, festa da Imaculada Conceição. Chegava assim a grande data tão esperada.

A cerimônia de ordenação realizou-se no Santuário de Nossa Senhora Medianeira, igreja por ele tão estimada, pois nela, como disse, cresceu e se desenvolveu sua vocação missionária.
Tornara-se padre aos 23 anos.
A Itália e toda a Europa, na época, viviam tempos difíceis pelos horrores da Segunda Guerra Mundial que se alastrava, provocando medo, pânico, mortes e destruição.

Nesse dia, no entanto, 8 de dezembro, o Santuário de Nossa Senhora Medianeira estava em festa. Lá, cânticos de louvor e glória ao Criador eram entoados pela vida e ordenação de Ângelo, cujo coração exultava de alegria, decidido, desde cedo, a seguir só a Jesus e a Ele consagrar a sua vida. [...]

Ordenado sacerdote, foi logo convidado pelo Bispo, para ser o Vice-Reitor do Seminário. O Reitor era o próprio Bispo. Na verdade, Pe. Ângelo acumulava as duas funções, devotando grande zelo à formação dos seminaristas.
O flagelo da guerra se expandia.
Em 28 de maio de 1943, começaram os bombardeios em Foggia, destruindo casas e deixando mortos e feridos.
Pe. Ângelo, devido às marcas da doença, foi poupado de servir na guerra. Prestou, no entanto, juntamente com os seminaristas e com grande estímulo do Bispo, úteis serviços aos necessitados. O Seminário serviu de refúgio às Irmãs Redentoristas e a numerosas famílias desabrigadas.
Durante todo esse tempo, a esperança de se tornar missionário nunca se arrefeceu em seu coração. Alimentava-a e trabalhava no sentido de torná-la realidade.
Seu retorno à Congregação dos Missionários Combonianos, porém, foi dificultado pelo Bispo, que não queria dispensá-lo, dado os relevantes serviços que prestava. Contudo seu esforço contínuo e suas orações levaram o Bispo a modificar sua decisão.


Uma rua do Centro de Tróia. © Francesco Aquilino, gentilmente cedida. In Galeria de Francesco Aquilino: www.flickr.com/photos/francescoaquilino/

Sua volta ao Noviciado de Venegono deu-se em 1945, fim da guerra, aí permanecendo cerca de um ano e meio. Esse foi um tempo de grande aprofundamento na fé, num ambiente propício, marcado pelo clima de silêncio, oração, contemplação, meditação, estudo e trabalho. Foi significativo, nesse aprofundamento, o exemplo de vida do Superior dos noviços, Pe. Stefano Patroni.
Depois desse tempo, fez sua Profissão Religiosa, em 19 de março de 1947, quando tinha 28 anos.


Seminário Comboniano de Tróia, fundado por Pe. Bernardo Sartori. O Seminário fica contíguo ao Santuário de N. Sra. Medianeira.(In Lorenzo Gaiga, op cit, p. 30.)

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